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domingo, maio 18, 2014

Chove lá fora e apesar das cobertas sinto um frio enorme aqui dentro, o peso das minhas dúvidas me assombram e quantidade esmagadora de nada que o amor me deixou com, me entristece. Ouvi um pássaro cantar como se me falasse "- Veja como sou livre, como carrego nas asas os pingos de chuva e no bico as notas de aviso que vou pra onde quero ir, vôo pra qualquer que seja o lugar, e o vento, e a chuva, e o por do sol fazem parte de cada pena e de cada pequeno detalhe livre que posso ser..." Silenciosamente o invejo, silenciosamente choro, silenciosamente sinto falta de todos aqueles que amo e que foram sem mim. Posso jurar que daqui a algumas horas estarei de pé de novo, disposta a conquistar cada raio de sol que vai sair, cada sorriso sincero das crianças ao meu redor, cada faísca pequena da amizade de alguém que mais uma vez não vá sem mim, e se for, note que por mais leve que seja, falta o peso do meu pequeno coração, estarei de pé, sem asas ainda que deseje as ter. E enquanto isso, enquanto só a lua e a chuva me fazem companhia, me pergunto, me converso, me amo pra poder compreender a imensidão de coisas que me rodeiam, que doem no meu coração, que me fazem querer viver e amar apesar de não ser um pássaro.

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