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sábado, novembro 09, 2013

Monogamia é o mesmo que prisão?
Há quem acredite que amor mesmo é quando você está com uma só pessoa e não quer estar com mais ninguém, e, segura essa: pra sempre. Esses dias eu estava lendo um crônica muito interessante sobre monogamia mas o que despertou mesmo minha atenção foram os comentários que surgiam logo abaixo do texto. Em um comentário, muito bem votado por sinal, uma menina defendia a ideia de que quando duas pessoas estão em um relacionamento aberto o único real interesse do casal é o sexo, e que amor, não existe. Em um outro comentário, votado por mim por sinal,  o cara afirma que é amigo de um casal com filhos, feliz e com relacionamento aberto que super dá certo, por que, apesar de não existir uma fidelidade física existe sim uma lealdade onde a mentira não é necessária. Pensando sobre isso tenho minhas dúvidas a respeito do quanto em um relacionamento é amor e quanto é apego e acredito que tudo depende muito da maturidade do casal em questão. Uma história de "amor" em que um parceiro se dedica ao outro por anos, tolerando suas diferenças, sendo fiel e devoto, é sim muito bonita mas também rara. Considerando que existem bilhões de pessoas totalmente diferentes umas das outras e que mesmo assim estão juntas, não seria utópico impor a todos os casais que vivessem o mesmo tipo de relacionamento, regras e padrões que todos os outros? Talvez o "fator monogamia" seja um dos causadores de tantos casamentos infelizes, onde a mesmice se acomodou; e quando falo em relacionamento aberto, não quero dizer que sua vida amorosa vire um bordel e que todo final de semana você deixe sua mulher em casa, ou seu homem, e vá sair com outros (ou talvez sim, cada um se sente de um jeito a respeito disso) mas, quero dizer especialmente que você pode se dedicar ao seu parceiro e ele a você, e se houver um acordo mútuo por que não inovar? Assim como o cara dos comentários, acho que a lealdade entre o casal se torna imensurável, tudo é negociável e pode ser aceito ou descartado, pode fazer do casal um par de pessoas que se respeitam, se compreendem, se amam e confiam um no outro. Ou, pode não dar certo, pois, nem todo mundo funciona da mesma maneira. Tudo é válido quando se traz felicidade, mas felicidade de verdade, não prazer momentâneo. Escrevi numa linha de pensamento onde pra mim o modo físico é bem destinto do modo sentimental e emocional, onde a relação, fora do compromisso, com outras pessoas é estritamente física. Mas para todo pé descalço há um sapato velho e cada um opta por aquilo que lhe convém. Respondendo a pergunta: monogamia é o mesmo que opção, é uma variável que pode ser analisada, pode aprisionar ou libertar. 

segunda-feira, outubro 14, 2013

Guilherma despiu a toalha branca que cobria seu corpo, ligou o chuveiro na temperatura mais alta possível só para estar em sincronia com a intensidade dos seus sentimentos. A água fazia um caminho contínuo sobre sua face, boca, seios, umbigo, coxas, e a maquiagem pesava sob suas bochechas tal qual seu coração que estava em reparo. O batom vermelho precisou ser limpado por seus dedos algumas vezes até ser diluído junto com o rímel e lá estava ela de volta a quem realmente era! Era uma moça no corpo de mulher, era cabelos longos e negros que se estendiam pelas costas. Tão inteligente, com olhos que pareciam guardar todo o mistério do mundo, olhos atemporais com tão poucos anos de vida e uma mala de experiência que só carregam os que estão sempre em mudança. Escorria também seu coração e ela gostaria de continuar embaixo da água pelo resto da noite, mas, havia um vestido preto esperando por ela assim como a vida que esperava que ela seguisse em frente. Saiu, secou o cabelo, perfumou todo o corpo e colocou o vestido; ele valorizava sua fina cintura, grossas coxas e seis fartos. Dessa vez iria sem maquiagem ainda que não quisesse ir, pensamentos borbulhavam em sua mente, parecia uma sopa de todo amor e decepção que sentia. Auto-confusão. Guia, como seus amigos a chamavam, era uma prostituta, odiava dar mas se vendia facilmente. O que dava? Seu tempo, ela não vendia o corpo mas compartilhava a alma com aqueles que a encantavam. Os homens e mulheres a compravam com humor, inteligência, autenticidade e aí a roubavam também. Aquela noite ela se culpava tanto por ser uma puta de marca maior... Fora comprada, presa, conquistada por um babaca qualquer e ele a esperava lá embaixo, louco pra beijá-la na boca, para tirar sua lingerie e fazê-la sua. Mas Guia já não se queria mais assim, tão amante, tão devota a cuidar de alguém que só queria seu corpo e foi descendo o único lance de escadas. O clima era frio, um céu sem estrelas, ventava bastante e ele abriu a porta do carro pra ela, os olhos se cruzavam querendo dizer coisas diferentes e Mars tocava ao fundo. Ela queria dar pra ele, queria ser sua, estar perfeitamente encaixada ao seu corpo, em seus braços e tudo isso vinha com o amor. Ele só queria fodê-la, beijar aquelas coxas, chupar aqueles lábios, e tudo isso vinha com tesão, somente. Guia tão esperta, tão mulher. Gustavo tão esperto, tão menino. Era tudo partida, estava tudo partido e ela não queria sentimentalismo (a não ser que ele a implorasse para ficar) só queria acabar com aquilo, tirar o vestido e dormir peladamente confortável e não mais se sentir usada. Guia se sentira quase sempre assim, era como eles geralmente a queriam mas ela ia tão além que sobrava... Sobrava nua, com uma taça de vinho e o coração espremendo-se dentro do peito. Então sentou sobre as pernas de Gustavo, desenhou o contorno do próprio corpo com os dedos dele e comandou a pulsação sempre que rebolava e mordia gentilmente sua bochecha. Entregou os pontos. Entregou sua desistência ali no colo dele, de onde saíra deixando-o excitado. A partir dali seriam caminhos diferentes, sua boca confessou todo amor e tesão que inundavam seu corpo e seus olhos mostraram-no todo o descuido em que ela estava afogada. - Não! - Era a palavra de Guga, era sempre ela e Guia deu-lhe adeus, voltou para o quarto, deitou de vestido e nem sequer uma lágrima derramou, apenas pegou um caderno e tomou notas de toda a dor que secamente sentia.

sábado, outubro 05, 2013

Ninguém é perfeito, mas, aprecio quem é coerente em suas próprias ações. Conheci um cara que só me deixou uma dúvida: eu o conheci e ele mudou ou nunca o conheci e ele não se dá mais ao trabalho de esconder quem realmente é? Não se trata apenas de um fim de afetividade ou relacionamento, mas, odeio pessoas que fingem ser quem não são e parece que sou imã para esse tipo de gente. Sou doida e tenho minha infinidade de defeitos mas sou profundamente agradecida a mim mesma e a Deus por nunca esconder de ninguém quem realmente sou. Me ferro, mas falo o que penso na cara. Me ferro, mas se não tô afim de sair: não saio. Me ferro, se quero dizer que te amo e quero você: eu digo. Me ferro, mas se te quero bem te trato bem. Me ferro, mesmo que você tenha me feito mal. Me ferro, mas se me pedem a opinião, sou honesta. Me ferro, se me chamam pra sair e tô sem dinheiro, eu digo: tô lisa. Me ferro, se o cara quer e eu não quero, digo: não te quero. Me ferro, quero falar de sexo: falo. Me ferro, não quero mais andar de mãos dadas, dar risada da piada, dizer que amo Beatles sem amar: não ando, não sorrio, não digo. Portanto que mal há em retribuir algumas verdades? Vou puxar um fio solto de outro pensamento e creio que há muitas pessoas que não sabem amar. Elas amam mas ainda são troncos, estão um pouco longe do amadurecimento. O tronco é forte, é sustentação, preparação pro que vem de belo, pra galhos maiores, sombras frondosas, frutos doces, e tenho encontrado uma porção satisfatória de tocos na minha vida. Mas para tudo há um tempo, creio fielmente nisso e o tipo de árvore que a pessoa se torna é um combo de [Escolhas + Tempo + Sabedoria + Amor + Pegada], juro que queria conseguir comprar um assim no Mc Donalds mais próximo. Tô conhecendo um cara que só me deixou uma dúvida: tronco ou árvore?

segunda-feira, setembro 30, 2013

Rio de Janeiro (Parte II)

Aqui faço um apanhado do resto dos dias que fiquei pelo Rio pessoal, na Segunda-feira cedinho eu fui visitar o Real Gabinete Português de Leitura que fica no Centro, se você curte livros então vai PIRAR nesse lugar como eu pirei.
 É tipo ENORME e tem tipo TODAS as obras originais dos nossos escritores brasileiros, dá vontade de morar lá dentro gente e o recepcionista é super gente boa. Vi de pertinho das obras do meu autor brasileiro favorito Machado de Assis e em algumas obras que estavam expostas tinha até mesmo a assinatura dele. Lindo de morrer! :)

 Logo em seguida fui visitar o Mosteiro de São Bento e fui teletransportada pra séculos e séculos passados. As contruções desse mosteiro são muito lindas e barrocas, as paredes, os bancos, o altar e até mesmo o chão são de detalhes incríveis. Eles preservaram muito bem toda a obra da pessoa que esculpiu e trabalhou naquela construção. E ah, a sensação de paz que o lugar oferece é indescritível, vale muito a pena uma ida lá e é de graça hahaha, falar que algo é de graça no Rio é delicioso!  
Saindo de lá e já com os pés muito doloridos eu fui visitar um local que todo mundo diz que é parada obrigatória... O Centro Cultural do Banco do Brasil. Eu não fazia ideia de ha quanto tempo esse banco existe, para ser mais precisa desde 1808, foi o primeiro banco do Brasil haha irônico não?! Enfim, o Centro é realmente interessante, tem toda a história do dinheiro do MUNDO TODO, tem dinheiro egípcio, americano, índio, russo e assim vai, o design do ambiente também é muito legal e eles preservam as salas como elas eram antigamente! Lá dentro tem também a Livraria da Travessa com vários livros bons e vários mimos pra dar de presente também (no meu caso comprei tudo pra mim uhahahaha) colocando o assunto "dinheiro" a parte, dentro do prédio tem várias outras salas e halls com exposições legais, me perdi na enormidade do lugar! :) A minha parte cultural vai ficando encerrando com minha visita ao Corcovado que foi boa mas não acho que é realmente o ponto glamuroso do Rj, vale muito a pena a ida, o caminho que o trem percorre para chegar ao Cristo é a melhor coisa do passeio, fiquei o tempo todo me imaginando fazendo yoga naquele lugar, é cheio de paz, beleza e natureza! Graças a Deus quando cheguei lá em cima não tinha muita gente e o clima tava friozinho então não me demorei bastante. Depois disso tudo a viagem se resumiu a compras pra mim e pra minha família, nada supimpa por que numa cidade para turistas é tudo mais salgado então me limitei a lembrancinhas! :)
Achei a viagem muito prazerosa, desafiadora e libertadora! Aconteceu num momento muito oportuno da minha vida e fiz meu papel de turista hahaha da próxima quem sabe pra morar... (não). Que venha a próxima por que essa já fez seu papel na minha alma! xD

sexta-feira, setembro 27, 2013

Rio de Janeiro (Parte I)

O post será por etapas e vou contar um pouco da experiência da vez, espero que gostem. Para ampliar as fotos é só clicar. :)
Bom, creio que a parte mais trabalhosa da viagem para mim foi a organização pré-ida, procura de hotel, organização de agenda dos lugares que eu gostaria de ir, e o PIOR, meu monstro de sete cabeças: ÔNIBUS. Moro em uma cidade pequena e não preciso pegar ônibus para trabalhar nem para ir a faculdade então minha maior preocupação quando viajo é transporte por que sou MUITO ruim de direção. Então vamos lá! Ao procurar por hotel observei dois pontos: 1. Conforto (cama, água quentinha e ar condicionado) 2. Valores 3. Localização. Fiquei em um "hostel" que é um tipo diferente de acomodação, digamos que é um local mais específico para mochileiros, para pessoas que não tem frescura e muito provavelmente passarão o dia andando, para ser sincera eu simplesmente A-M-E-I. Já tinha ficado em um outro em Botafogo no ano passado, mas, preciso deixar bem claro que se você pretende conhecer o Rio e quer optar por um hostel, você TEM que ficar no Caipi Hostel. Essa é uma propaganda que não fui paga para fazer hahaha mas saí de lá bastante satisfeita. Meu quarto era compartilhado então conheci e fiz amizades com pessoas incríveis e de todos os lugares do mundo. Tinha gente lá da França, México, Nova Zelândia, Uruguay etc, ao lado do hostel existe um restaurante de comida muito boa e você ainda ganha desconto se falar que está hospedado, vale muito apena! O único ponto que talvez seja um pouco complicadinho no começo (se você for sozinho como eu) é a localização, o hostel fica no Centro do Rio, perto de tudo que é histórico e lindo, mas, também perigoso pela noite.
Há bares por todos os lugares e as ruas são bem parecidinhas então pelo dia eu tinha a liberdade de conhecer e desvendar os lugares que queria mas a noite eu geralmente tomava muito cuidado e preferia sair acompanhada com uns novos amigos que fiz (Malaik, te amo). Então fiz a reserva do hostel alguns meses antes, mais precisamente em Julho.
Fiquei uma semana no Rio e os dois primeiros dias foram de pura ansiedade, como o show do John Mayer no Rock in Rio foi no dia vinte e um e eu cheguei lá no dia vinte, não havia muito o que se fazer a não ser esperar com muita vontade de ver meu deuso do Blues. Uma pausa no relato para um momento de reflexão hahaha Acredito que um dos maiores créditos que podemos e devemos dar a nós mesmos é o de viver. Apesar de todos os problemas, desafios, medos e inseguranças. Quando me organizei para essa viagem e eu estava SUPER empolgada por uma série de fatores relevantes para mim, mas com o passar dos dias um leque de problemas se desenrolou e foi complicado continuar animada, pessoalmente os problemas que mais me afetam são aqueles que afetam quem eu amo e minha cabeça estava um bolo de pensamentos e frustrações. Como praticante da meditação e da Yoga talvez tenha sido mais fácil administrar tudo isso mas ainda assim é algo que não desejo à ninguém, ter que viajar com o coração e a mente em desequilíbrio. Até que minha primeira noite no hotel me revelou uma amiga lindíssima chamada Ana que me lembrou o por que d'eu estar viajando por minha conta, do por que estar lá naquele exato momento e então lembrei de uma filosofia (quase um mantra) que levo sempre comigo: "Se não está nas suas mãos o poder de mudar algo então não vale a dor de cabeça." É como dar murro em ponta de faca, mesmo que eu lamente e sofra com aquilo, nada posso fazer, então me resta ser paciente e trabalhar com o universo para estar em equilíbrio e suportar as consequentes mudanças.  Foi um grande passo para continuar minha estadia, já na primeira noite fui à Lapa e conheci alguns bares e restaurantes excelentes com mais amigos e realmente gostei de estar lá com a mente, corpo e coração.
Meu segundo dia foi praticamente resumido ao Rock in Rio
Eu e mais duas amigas chegamos lá BEM cedo e já tinham algumas pessoas esperando numa suposta fila que depois virou um bolo e depois um amontoado de gente doida pra ver John Mayer e Bruce Springsteen. Gente, quando os portões abriram as 14:00 eu me senti nessa cena:  
hahaha era um desespero enorme pra chegar na grade e quando chegamos lá ainda tivemos que aguentar um dia todo de sol. Minhas dicas se você pretende ir a um RiR: 1. Se Você vai por que ama tanto um cantor/banda quanto eu amo o Mayer e TEM resistência física de ser empurrado contra a grade, ficar no sol um dia todo, com sede, calor e fome então vale a pena pra vê-lo (a) de pertinho, mas, ressalto que você não vai poder aproveitar a cidade do rock como gostaria por que pra tudo tem filas, pra ir ao banheiro, pra comprar comida e principalmente pra andar em algum brinquedo, (a fila para a tirolesa levava HORAS). 2. Se você não tem a disposição a cima então faça o seguinte, vá num horário bem próximo ao do começo das atrações (geralmente as 18:30) por que você pode conhecer o lugar com tranquilidade e TE JURO ainda vai ver o show muito bem, por que mesmo que pela tv não pareça, os telões são ENORMES e sempre tem um buraquinho que dá pra se encaixar na hora H. 
Deixando claro que estive na grade e que tenho um dedo torto.
Resumindo: sofri pra caralho mas vi meu homem, mas, se eu pudesse teria ido mais tarde e me cansado menos! :)  Terminando o Dia Dois quero dizer que fiquei impressionadíssima com o esquema de transporte organizado pelo RiR, achei muito eficiente. Saí do show e comprei um Rio Card de valor normal (R$ 2,75) então embarquei pro terminal Alvorada e de lá peguei um outro ônibus que me deixou no destino certinho. Achei que aquele lance de Rio Card Especial (R$ 50,00) é furada. É mais fácil? CLARO! mas ir de via normal tem quase a mesma facilidade e não é perigoso por que ta TODO mundo indo/voltando do festival. Enfim, cheguei MORTA de cansada no hotel e só lembro que no dia 3 acordei por volta de meio dia hahaha Melhor show da minha vida EVER.
Artista completo, fez um show indescritivelmente bom. Pra sempre na minha memória.
Lindo, tesão, bonito, gostosão, solista, cantor e compositor. HAHAHA 

Dia Três:
Peguei o gancho da tarde de Domingo e para não ficar parada resolvi visitar a Escadaria Selarón que parada obrigatória no Centro do Rio. A Escadaria é obra do chileno Jorge Selarón que começou a renovação da escadaria que passava em frente à sua casa e estava em péssimo estado de conservação. Ele passou a vender suas pinturas para financiar o trabalho e após vários anos a escadaria tornou-se um sucesso, tornando-se um belo cartão postal da cidade. Jorge foi intitulado cidadão honorário do Rio mas infelizmente foi encontrado morto no começo desse ano (2013) na própria escadaria. Deixou um trabalho que é reconhecido pelo mundo todo e que é fruto de uma vida dedicada a beleza daqueles azulejos. 
É realmente muito bonito, quando cheguei lá já haviam vários gringos tirando muitas fotos e em variadas poses hahaha é uma subida e tanto mas que vale muito a pena, me deliciei com o lugar e com o clima. 
Logo em seguida fui visitar um dos lugares mais incríveis do Rio de Janeiro (na minha humilde opnião) A Quinta da Boa Vista. É um parque municipal que fica em São Cristovão, embarquei na estação de metro na Cinelândia e rapidinho cheguei lá. 

Gente o parque é muito bonito, como fui em um Domingo estava lotado mas pela primeira vez na história dessa viagem não era um lotado ruim, tinha muita família com suas crianças fazendo piquiniques, jovens jogando bola, fazendo skyline, tocando violão, enfim é para tirar um dia de lazer naquele lugar. 
O parque abriga também o  Jardim Zoológico do Rio de Janeiro (com o Museu da Fauna) e, no antigo paço, o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro que são muito legais. 
É só ser atento ao horário de funcionamento, como fui a tarde quase não pegava o museu aberto pois ele fecha as 16:00 mas consegui. Fiquei maravilhada com tanta coisa legal e de fácil acesso cultural para todo mundo. Vale MUITO apena a ida. 





Depois fiz uma rápida passada pelo Maracanã, não cheguei a entrar (e me arrependo por que soube que naquela tarde o John estava assistindo a um jogo do Bahia x Botafogo) e voltei pro hotel. Tive um dia muito produtivo e uma noite divertidíssima na Lapa, vambora pro dia quatro!

OBSERVAÇÃO: Todas as fotos utilizadas nesse post foram tiradas por mim e o vídeo do John abaixo também, então se forem retiradas para outro lugar por favor creditem. Elas são apenas um terço do número de fotos que fiz durante os dias, para ver mais (e lindas) eu publiquei no flickr também: Flickr me

quinta-feira, setembro 05, 2013


Há sempre aprendizado nas relações diárias. Dizem que se aprende melhor pela dor do que pelo amor e digo que vivi das duas experiências, tenho me aprofundado em leituras sobre meditação, equilíbrio e paz interior, me recordo de um trecho que li noite passada que fazia referência a eterna imensidão do "ser", que exercemos papéis em diversos momentos da nossa vida portanto existe uma grande diferença entre esses papéis e quem somos. O Autor pediu pra que eu voltasse ao passado e me imaginasse quando criança, sim, não exerço os mesmos papéis mas trago uma grande bagagem de lembranças, experiências e relações que venho acumulando durante minha existência. Há um mundo de pessoas que serviram como ponto motivador de mudanças e atitudes em mim mas gosto especialmente daquelas que me impulsionaram de uma forma boa, pelo amor, à ser melhor. Existem sim os momentos dolorosos, existem sim lágrimas tão amargas que roubam de nós a crença de que o amor é bom e necessário, mas, existem também alegrias tão profundas que modificam nossas estruturas. Tive uma colega de trabalho (e não tive muitas) que amo especialmente, antes de tudo eu a achava divertida e com o passar do tempo me peguei a admirando como mulher forte que ela é, penso que aprendo sempre que conversamos e adoro ouvir sobre os filhos dela. Tive alguém que amei sem medidas, que me entreguei e que também me fez aprender bastante sobre a vida, sobre o amor e principalmente sobre mim mesma, acredito que ao começar nosso relacionamento eu apenas era um carvão. Vocês já tiveram relacionamentos assim? somos postos a prova a todo tempo,  somos prensados, sofridos, até que quando me dei conta, era eu um diamante e o relacionamento já tinha tido o seu momento dentro da minha história, passou. Hoje compreendo a mim mesma como alguém mais tranquilo, mais fora do controle e mais centrada na felicidade que o universo me oferece, me preocupo menos com o que não está em minhas mãos e envolvo meus momentos de paz num grande abraço, aproveitando cada centelha de amor que recebo, obviamente, há uma pessoa por trás disso, aliás existem várias, mas há uma que amo especialmente, que impulsionou algo despretensioso e maravilhoso dentro de mim. Citei três relacionamentos que contribuíram ativamente na construção e desconstrução de quem sou hoje e sou eternamente grata a mim mesma por ter-los deixado acontecer. Creio que a chave para ser alguém melhor é saber abraçar todas as experiências, encarar tudo aquilo que me constrange, que me limita como ser humano, que me impulsiona, motiva, entristece... e ir além, o caminho é sempre em frente e nele pode sempre aparecer alguém para nos acompanhar.

domingo, agosto 04, 2013

Quando fui saudade. Fui tua. Fui eu sozinha mas fui nós.
A gente nunca existe, vê? ultimamente tenho pensado em nós, meus textos não mentem. Talvez minhas palavras ditas num tom de brincadeira mintam quando digo que odeio você, e secretamente sei que você sabe que fui também amor além de saudade. Sou amor para com você, pra toda sua falta de carinho e jeito, pra todo seu descaso e perfeito dom de não me querer. Sou bobinha também por que enquanto escrevo borro a maquiagem que demorei alguns minutos fazendo e tô muito mais com medo de estar te perdendo do que perdendo meu antigo eu. Sei de pouca coisa mas acho que sei de muita, sou pouca coisa e as vezes acho que sou muita, e sei que sou descuidada, ou não sei? É que as vezes preciso ser cuidada (sim, é por você) e preciso aprender a me cuidar, vira tudo um bolo de descuido e a gente nunca existe, vê? Gosto do modo como você sempre está em boas fases da minha vida e me pergunto, é você que está ou é você que as faz acontecer? É meio louco, sem pé nem cabeça as diretrizes do meu sentimento tipicamente geminiano, mas, se fosse normal talvez não seria eu; é meio louco, sem pé nem cabeça as diretrizes do teu sentimento tipicamente escorpiminiano mas se tu fosse só meu talvez não seria você, e eu quero te dizer: seja meu, seja meu! A gente nunca existe, vê? A gente é pra existir e só você não vê, e não te faço enxergar, certamente ainda sou saudade, ainda sou tua, ainda sou sozinha e sou nós. Sou nossa amizade, nossa babaquice e ciúme e vou continuar a ser, afinal, se a gente nunca existe é só isso que tenho a fazer!

segunda-feira, julho 29, 2013

Duzia de linhas sobre saudades suas, sobre a sua risada que deslizava sobre a minha e todas nossas brigas que foram ficando pra trás assim como o melhor de você, antes mesmo de te afastar, me afastar. São palavras bem honestas, despretensiosas, sem querer falar de amor porque não se ama dez vezes, é tudo sobre tudo estar bem demais. Coloque seus lábios bem próximos aos meus, fazendo o mundo parar por 10 segundos, o suficiente pra esquecer as escolhas, as mágoas, o que já foi esquecido. As mais simples e irritantes são as que teimam em aparecer, as memórias, e já são mais que doze. Lábios que se aproximam demais compartilham coisas demais, assim como vidas, mas, esses versos são de uma só. Porque é tudo que sempre sou, uma louca só, uma vida só que era um balde de tinta branca e que vinte anos depois está toda misturada, amarelo, azul turquesa, verde e tons a mais. Sempre que preciso falar é sempre demais, te mando mensagem mas ela volta por que o crédito acabou, te ligo mas é "impossível completar a ligação", te chamo mas está sempre ocupado demais pra responder e a dança é de um lado só, o meu. O foda é sentir saudade quando na linha oposta só existe eco e não reciprocidade. Enfim, era só saudade, enfim sempre é minha deixa, amor.

sábado, julho 20, 2013

Festival de Inverno de Garanhuns - FIG.

O FIG é o resultado de um projeto organizado pela Prefeitura de Garanhuns, a FUNDARPE e o Governo de Pernambuco. O Festival é totalmente voltado pra Arte e pra Cultura Popular musical, teatral, artesanal e visual, dura exatamente dez dias e é gratuito. O evento divide-se em vários palcos espalhados por toda a cidade de Garanhuns - Pernambuco (Palco Pop, Pop-forró, Guadalajara etc).
Juliano Holanda
A estrutura dos palcos é excelente e a segurança então? nem vou comentar. Pra mim uma das melhores épocas do ano, é Julho por que é o mês que acontece o festival. Esse ano as novidades foram bandas internacionais, mas, o melhor mesmo é a valorização que o festival dá para cultura de raiz do povo Nordestino. 
Dado Villa-Lobos.
Exponho agora minha opinião e preciso dizer que sou apaixonada por tudo que o evento engloba, sempre que vou é como se me sentisse realmente ''entre os meus" por que ali tá a massa de Cultura que eu amo e que representa onde nasci e cresci, meu orgulho de ser nordestina aumenta indescritivelmente e isso não quer dizer que o evento seja todo voltado pra essas temáticas regionais (por que há uma diversidade enorme) mas é inevitável não se sentir assim. A galera é do bem, é alto astral, é gata e acolhedora então se eu puder indicar uma festa realmente foda que acontece desse lado do Brasil, é o FIG. Vou aproveitar o post pra falar de um show que me proporcionou uma vibe muito boa, muito positiva, que aconteceu agora dia 19/07 no palco Guadalajara: Dj Dolores e Orquestra Santa massa. Na mesma noite houve diversas apresentações, incluindo o fodão Zeca Baleiro.
A Orquestra Santa Massa se formou em 1998, um grupo formado por quatro músicos pernambucanos que fazem uma fusão com o Dj Dolores. O estilo é diferente e maravilhoso de se ouvir e de se jogar. Foi a maior surpresa da minha noite por que realmente me diverti ao som deles e posso dizer que no geral foi o melhor para mim. Pesquei dois sons pra quem tiver a curiosidade de conhecer.

Um pedacinho do que rolou no show: http://www.youtube.com/watch?v=SscfMTSre1w

E um outro som:

E pra finalizar um look da noite. 

Para mais informações sobre o festival que ainda está rolando, acesse: http://www.fig2013.com/

domingo, julho 14, 2013

TESTEI: Instax mini 7s.

Quando comprei a Instax fiquei meio temerosa pela qualidade das fotos, por ser uma câmera instantânea e de valor relativamente bom fiquei na dúvida. Pessoalmente sou apaixonada pela minha câmera, acho que pelos padrões citados acima ela é uma boa "lambe lambe" (como diz um amigo meu) da pra fazer várias fotos legais com os amigos, família, namorado etc. O que não podemos esperar é que ela revele fotos com uma qualidade de profissional até por que não tem todas as opções que uma digital oferece. Ela possui quatro modos para flash (ambiente interior, com luminosidade, com muita luminosidade ou nublado) e funciona a pilha.

Queria uma instantânea desde pequena e tô adorando a minha que é a 7s, mas, já foi lançada a Instax 8 que ainda não chegou ao Brasil. O filme é específico da Fujifilm e custa em média R$47,00 contendo 20 poses.

Não encontrei a câmera nem os filmes em lojas físicas pela minha cidade mas vi que tem alguns sites brasileiros que disponibilizam. Além do mais, há vários modelos para gostos diferentes, tem a White (a minha), tem rosa e branco, azul, marrom, da hello kitty e até do Mickey!

Aprovada. 

quinta-feira, julho 11, 2013

Sabe como me deixar louca, me beijar a boca e me dizer que vai ficar.
Ficar por quanto tempo? 
Enquanto a vontade durar! 
O problema é que a minha sempre dura
permanece com a loucura e o desejo de abraçar 
de ter, de rir na cara, de desafiar.

De todas as coisas que já me fizeram bem, eu me demorei em você
De todas as coisas que me fizeram querer, eu me imaginei com você
De todas as pessoas que parafrasearam Nando, prefiro você

Faz uma falta absurda
E tu saiu pela porta há minutos atrás
Uma sagacidade maluca
Talvez pra nós seja tarde demais.

quinta-feira, junho 20, 2013

Uma mistura de Peônias, Morango e Alcaçuz era a fragrância que emanava das mechas de seu cabelo que pinicavam seu rosto furtivamente enquanto Maya acelerava o passo. Fora um dia difícil e um caos instalava-se dentro dela. Ouvia-se a brisa e lá estava a lua explodindo em um brilho sobrenatural, cheia e linda, iluminando o caminho terroso e longo percorrido por ela ao sair da universidade em direção a casa. Uma, duas, três finas lágrimas, apenas por achar que só haveria aquele momento pra chorar, aquele momento pra contemplar a si mesma e o céu estrelado particularmente maravilhoso. A morte estava rondando-a, as inseguranças, os questionamentos, as novas descobertas e as perdas, ah, as perdas sempre estão lá, são melhores amigas da distância, confidentes e traiçoeiras. Pois Maya fora católica, se batizou, fez primeira comunhão e crismou-se, hoje sentia-se enojada de tal entidade e religião, vira tanta barbaridade lá dentro (de certo também vira amor) mas isso fora ha tempos, percebera que não era uma pessoa manipulável e Aquele que vem é humanamente indescritível ainda que alguns tomados por um falso poder O descrevem, então sua espiritualidade tomou um rumo oposto ao da religião. Ao percorrer o caminho para casa, ela pensava no dia e em como se sentia impotente por não poder desvendar a morte, e por não poder desvendar a vida. Queria ser capturada pelas estrelas que pairavam sobre sua cabeçaqueria que a dor não batesse tão forte sobre os bons corações, queria que o Brasil não deixasse de lançar seus gritos de justiça sobre aquele Estado podre e esmagador sob o qual vivera, queria que não houvesse aula para que o ego dos professores não amargasse tanto em seus lábios, queria que abraçar alguém que estava longe fosse possível apenas por querer, e ela queria, queria saber mais sobre amar, discernir, ouvir, decidir. O livre-arbítrio é caro! Antes agir por medo! Medo do inferno, da igreja, do Estado, da mídia, das pessoas, talvez seja essa a porta larga a qual Jesus refere-se, por que talvez também a porta estreita seja pensar por si só, seja amar apesar do peso esmagador do mundo sobre seus ombros, é mais apertado de passar por que te julgam por ser negro, por amar alguém do mesmo sexo, por preferir sertanejo a rock, é mais apertado porque quando você questiona, só a sua fé em você mesma e naquilo em que acredita, podem te salvar da prisão que o medo é. Maya as vezes o encontrava, o medo, ele a freava, queria dançar tango com ela ainda que o desafiasse dezenas de vezes todos os dias. Suas crenças passadas e atuais chocavam-se aquela noite, ao menos ela achava que aquele era o caminho por que não se permitia perder pra morte, baseava suas escolhas na felicidade  ainda que seus pensamentos e dúvidas fossem eternos, a vida não era, portanto assim a gastaria, tentando a felicidade, descansando a dor que as vezes vinha a tona nas ruas tomadas de solidão. Tentando ser feliz, mesmo querendo tanto, mesmo mudando tanto, mesmo vivendo.

quinta-feira, maio 30, 2013

Ela usava um vestido de gala, longo, cheio e vermelho. Ele delineava perfeitamente a sua cintura e deixava seus seios perfeitamente marcados. Mas algo estava errado, ela tomara o caminho oposto, com duas mechas ao vento enquanto o resto do cabelo estava preso num coque, ela tomava uma direção conhecidamente perigosa, estava a caminho dele. Algo em seu peito sabia que seria decepção, como todas as outras que ela fez ele sentir, e que ele a fizera sentir também, e se algo realmente feliz estava num passado longe daquele momento, por que arriscar um ferimento ainda maior no coração? Nada se sabe, mas estava nublado, e ele a encontrou na porta com um meio abraço e um sorriso lindo. Veja, tudo aquilo era uma problemática, por que de início existia todo uma tensão sexual do encontro, mas como constatado havia algo errado. Já tinha um tempo que eles não se viam e a vida dele era outra, a mulher ao lado dele era outra, e o vestido vermelho que ela vestia era o resultado de uma festa de seu próprio noivado, onde deveria estar. Mas não estava. Estava na varanda da casa dele, se vigiando pra desviar o olhar daqueles lábios que automaticamente teimavam a ir na direção dos dela mas freavam a vontade. Sem rodeios, ele não a quis, ainda que os olhos, o corpo, os lábios e a vida dele quisessem a dela, não a quis por que aquilo estava longe de dar certo, por que havia muita história pra haver paz, a dor que sucumbia o peito dela era maior do que a rejeição, existia por que tudo era complicado mas ela gostaria de ficar, perto dele, em seus braços, na sua casa, na sua cama. Deu-lhe adeus. Pararam por alguns minutos encarando um ao outro, até se cometerem a um abraço demorado e quente, a um beijo diferente, com Q de adeus, onde ela queria ficar pra sempre sentindo seu gosto, depois outro, e mais outro beijo, e o que ainda podia vir lhe fora negado. Arrumou o próprio vestido, se observou no espelho e foi. Embora pra uma festa que não queria que fosse a sua mas que era, pra um noivo lindo e atencioso que não tinha seu coração. Fora, como quem nunca mais voltaria! 

Quente e pesadas, eram as lágrimas que escorriam pelo rosto dela minutos após pisar em casa. Encontrara sua mãe num desespero sem tamanho por ter talvez perdido a filha momentos antes do casamento, a abraçou e juntas choraram por alguns segundos e pelo mesmo fato: ela se casaria. Como num flash o dia chegou, o entusiasmo era tangível nos convidados e amigos do casal, a exceção talvez fosse a noiva que apertava os próprios dedos na barra do vestido branco, que sentia o coração saltar dentro do peito querendo se libertar daquela sensação de estar fazendo tudo errado pra si mesma, e corretamente pros outros. Sua melhor amiga e também sua madrinha lhe dizia que conhecia aquele olhar, mas que ele não iria aparecer, como sempre, o que houve entre eles era coisa passada. "Sorria e diga sim." Ela sorriu e disse sim, e a doçura no olhar do seu marido a machucava ainda mais, por que ele sim a queria, ele deslizava as mãos pela cintura dela como quem não quisesse outro lugar pra tocar, mexia no seu cabelo e tocava sua testa com a boca, a lembrando que a partir daquele momento seria só ele e ela. Flores, gargalhadas e votos de amor transbordavam dos convidados e a máscara que ela mantinha estava pesada, resolvera dançar. Acompanhada pelas madrinhas e amigas se deixou embalar por uma canção que adorava, que inundava seus ouvidos a chamando de "A sortuda". A garota de sorte machucou a perna e a viu sangrar, sentada no canto da pista sua amiga e madrinha a mandava cuidar do ferimento, ajudando-a naquilo. Era como se uma sucessão de coisas se desenrolassem naquela semana, e tudo que saiu da sua boca em resposta era que ferimento maior havia ali, dentro dela. Elas se olharam por alguns segundos e num infinito era compreensível o que fora dito. Nem a música, nem o marido, nem o vestido, nada daquilo permaneceria tanto tempo na sua memória quanto a imagem dele no fundo do salão. A sortuda.

OBSERVAÇÃO: O conto na realidade foi um sonho que tive e passei pro papel.
Música do sonho: The Lucky One - Taylor Swift

quarta-feira, maio 01, 2013


O ínicio. 
Me machuquei por não me permitir, por não ter coragem suficiente para expor minha dura e simples verdade. Não gosto da proximidade humana. Finalmente consegui afirmar isso e  foi de primeira mão para uma amiga, cheguei sorrateira como quem não queria dizer nada e delicadamente falei: odeio pessoas. Ela me contra-atacou com uma boa frase, - Você gosta de mim!  Então eu me corrigi: não gosto de 90% das pessoas. E aquilo me libertou. - Ta tudo bem Mari, você tem esse direito - ela disse, é talvez eu tenha... Estranho mas demorei um pouco pra entender, a intimidade desgasta o sentimento pra mim e talvez eu seja bastante crítica e seletiva mas definitivamente a maioria das pessoas são feitas pra contatos breves, e apenas aquelas que sabem cultivar o jardim do outro é que a merecem, a intimidade. Acho que é isso, não gosto de expor meu jardim. "Eles" visitam pra mudá-lo, jogam um papel aqui outro acolá, cavam, e se tem algo que faço questão de preservar é meu espírito, minha alma, só fica quem conquista o lugar. Se por um acaso não mantenho muito contato, pois afasto pessoas por um prazer honesto, se tenho estado longe ou desinteressada é porque eu fechei, tranquei-me e te deixei de fora. Posso oferecer flores colhidas no nascer do dia, mas, são terras sagradas, dificilmente habitadas e vigiadas por Alguém de minha confiança.