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segunda-feira, setembro 30, 2013

Rio de Janeiro (Parte II)

Aqui faço um apanhado do resto dos dias que fiquei pelo Rio pessoal, na Segunda-feira cedinho eu fui visitar o Real Gabinete Português de Leitura que fica no Centro, se você curte livros então vai PIRAR nesse lugar como eu pirei.
 É tipo ENORME e tem tipo TODAS as obras originais dos nossos escritores brasileiros, dá vontade de morar lá dentro gente e o recepcionista é super gente boa. Vi de pertinho das obras do meu autor brasileiro favorito Machado de Assis e em algumas obras que estavam expostas tinha até mesmo a assinatura dele. Lindo de morrer! :)

 Logo em seguida fui visitar o Mosteiro de São Bento e fui teletransportada pra séculos e séculos passados. As contruções desse mosteiro são muito lindas e barrocas, as paredes, os bancos, o altar e até mesmo o chão são de detalhes incríveis. Eles preservaram muito bem toda a obra da pessoa que esculpiu e trabalhou naquela construção. E ah, a sensação de paz que o lugar oferece é indescritível, vale muito a pena uma ida lá e é de graça hahaha, falar que algo é de graça no Rio é delicioso!  
Saindo de lá e já com os pés muito doloridos eu fui visitar um local que todo mundo diz que é parada obrigatória... O Centro Cultural do Banco do Brasil. Eu não fazia ideia de ha quanto tempo esse banco existe, para ser mais precisa desde 1808, foi o primeiro banco do Brasil haha irônico não?! Enfim, o Centro é realmente interessante, tem toda a história do dinheiro do MUNDO TODO, tem dinheiro egípcio, americano, índio, russo e assim vai, o design do ambiente também é muito legal e eles preservam as salas como elas eram antigamente! Lá dentro tem também a Livraria da Travessa com vários livros bons e vários mimos pra dar de presente também (no meu caso comprei tudo pra mim uhahahaha) colocando o assunto "dinheiro" a parte, dentro do prédio tem várias outras salas e halls com exposições legais, me perdi na enormidade do lugar! :) A minha parte cultural vai ficando encerrando com minha visita ao Corcovado que foi boa mas não acho que é realmente o ponto glamuroso do Rj, vale muito a pena a ida, o caminho que o trem percorre para chegar ao Cristo é a melhor coisa do passeio, fiquei o tempo todo me imaginando fazendo yoga naquele lugar, é cheio de paz, beleza e natureza! Graças a Deus quando cheguei lá em cima não tinha muita gente e o clima tava friozinho então não me demorei bastante. Depois disso tudo a viagem se resumiu a compras pra mim e pra minha família, nada supimpa por que numa cidade para turistas é tudo mais salgado então me limitei a lembrancinhas! :)
Achei a viagem muito prazerosa, desafiadora e libertadora! Aconteceu num momento muito oportuno da minha vida e fiz meu papel de turista hahaha da próxima quem sabe pra morar... (não). Que venha a próxima por que essa já fez seu papel na minha alma! xD

sexta-feira, setembro 27, 2013

Rio de Janeiro (Parte I)

O post será por etapas e vou contar um pouco da experiência da vez, espero que gostem. Para ampliar as fotos é só clicar. :)
Bom, creio que a parte mais trabalhosa da viagem para mim foi a organização pré-ida, procura de hotel, organização de agenda dos lugares que eu gostaria de ir, e o PIOR, meu monstro de sete cabeças: ÔNIBUS. Moro em uma cidade pequena e não preciso pegar ônibus para trabalhar nem para ir a faculdade então minha maior preocupação quando viajo é transporte por que sou MUITO ruim de direção. Então vamos lá! Ao procurar por hotel observei dois pontos: 1. Conforto (cama, água quentinha e ar condicionado) 2. Valores 3. Localização. Fiquei em um "hostel" que é um tipo diferente de acomodação, digamos que é um local mais específico para mochileiros, para pessoas que não tem frescura e muito provavelmente passarão o dia andando, para ser sincera eu simplesmente A-M-E-I. Já tinha ficado em um outro em Botafogo no ano passado, mas, preciso deixar bem claro que se você pretende conhecer o Rio e quer optar por um hostel, você TEM que ficar no Caipi Hostel. Essa é uma propaganda que não fui paga para fazer hahaha mas saí de lá bastante satisfeita. Meu quarto era compartilhado então conheci e fiz amizades com pessoas incríveis e de todos os lugares do mundo. Tinha gente lá da França, México, Nova Zelândia, Uruguay etc, ao lado do hostel existe um restaurante de comida muito boa e você ainda ganha desconto se falar que está hospedado, vale muito apena! O único ponto que talvez seja um pouco complicadinho no começo (se você for sozinho como eu) é a localização, o hostel fica no Centro do Rio, perto de tudo que é histórico e lindo, mas, também perigoso pela noite.
Há bares por todos os lugares e as ruas são bem parecidinhas então pelo dia eu tinha a liberdade de conhecer e desvendar os lugares que queria mas a noite eu geralmente tomava muito cuidado e preferia sair acompanhada com uns novos amigos que fiz (Malaik, te amo). Então fiz a reserva do hostel alguns meses antes, mais precisamente em Julho.
Fiquei uma semana no Rio e os dois primeiros dias foram de pura ansiedade, como o show do John Mayer no Rock in Rio foi no dia vinte e um e eu cheguei lá no dia vinte, não havia muito o que se fazer a não ser esperar com muita vontade de ver meu deuso do Blues. Uma pausa no relato para um momento de reflexão hahaha Acredito que um dos maiores créditos que podemos e devemos dar a nós mesmos é o de viver. Apesar de todos os problemas, desafios, medos e inseguranças. Quando me organizei para essa viagem e eu estava SUPER empolgada por uma série de fatores relevantes para mim, mas com o passar dos dias um leque de problemas se desenrolou e foi complicado continuar animada, pessoalmente os problemas que mais me afetam são aqueles que afetam quem eu amo e minha cabeça estava um bolo de pensamentos e frustrações. Como praticante da meditação e da Yoga talvez tenha sido mais fácil administrar tudo isso mas ainda assim é algo que não desejo à ninguém, ter que viajar com o coração e a mente em desequilíbrio. Até que minha primeira noite no hotel me revelou uma amiga lindíssima chamada Ana que me lembrou o por que d'eu estar viajando por minha conta, do por que estar lá naquele exato momento e então lembrei de uma filosofia (quase um mantra) que levo sempre comigo: "Se não está nas suas mãos o poder de mudar algo então não vale a dor de cabeça." É como dar murro em ponta de faca, mesmo que eu lamente e sofra com aquilo, nada posso fazer, então me resta ser paciente e trabalhar com o universo para estar em equilíbrio e suportar as consequentes mudanças.  Foi um grande passo para continuar minha estadia, já na primeira noite fui à Lapa e conheci alguns bares e restaurantes excelentes com mais amigos e realmente gostei de estar lá com a mente, corpo e coração.
Meu segundo dia foi praticamente resumido ao Rock in Rio
Eu e mais duas amigas chegamos lá BEM cedo e já tinham algumas pessoas esperando numa suposta fila que depois virou um bolo e depois um amontoado de gente doida pra ver John Mayer e Bruce Springsteen. Gente, quando os portões abriram as 14:00 eu me senti nessa cena:  
hahaha era um desespero enorme pra chegar na grade e quando chegamos lá ainda tivemos que aguentar um dia todo de sol. Minhas dicas se você pretende ir a um RiR: 1. Se Você vai por que ama tanto um cantor/banda quanto eu amo o Mayer e TEM resistência física de ser empurrado contra a grade, ficar no sol um dia todo, com sede, calor e fome então vale a pena pra vê-lo (a) de pertinho, mas, ressalto que você não vai poder aproveitar a cidade do rock como gostaria por que pra tudo tem filas, pra ir ao banheiro, pra comprar comida e principalmente pra andar em algum brinquedo, (a fila para a tirolesa levava HORAS). 2. Se você não tem a disposição a cima então faça o seguinte, vá num horário bem próximo ao do começo das atrações (geralmente as 18:30) por que você pode conhecer o lugar com tranquilidade e TE JURO ainda vai ver o show muito bem, por que mesmo que pela tv não pareça, os telões são ENORMES e sempre tem um buraquinho que dá pra se encaixar na hora H. 
Deixando claro que estive na grade e que tenho um dedo torto.
Resumindo: sofri pra caralho mas vi meu homem, mas, se eu pudesse teria ido mais tarde e me cansado menos! :)  Terminando o Dia Dois quero dizer que fiquei impressionadíssima com o esquema de transporte organizado pelo RiR, achei muito eficiente. Saí do show e comprei um Rio Card de valor normal (R$ 2,75) então embarquei pro terminal Alvorada e de lá peguei um outro ônibus que me deixou no destino certinho. Achei que aquele lance de Rio Card Especial (R$ 50,00) é furada. É mais fácil? CLARO! mas ir de via normal tem quase a mesma facilidade e não é perigoso por que ta TODO mundo indo/voltando do festival. Enfim, cheguei MORTA de cansada no hotel e só lembro que no dia 3 acordei por volta de meio dia hahaha Melhor show da minha vida EVER.
Artista completo, fez um show indescritivelmente bom. Pra sempre na minha memória.
Lindo, tesão, bonito, gostosão, solista, cantor e compositor. HAHAHA 

Dia Três:
Peguei o gancho da tarde de Domingo e para não ficar parada resolvi visitar a Escadaria Selarón que parada obrigatória no Centro do Rio. A Escadaria é obra do chileno Jorge Selarón que começou a renovação da escadaria que passava em frente à sua casa e estava em péssimo estado de conservação. Ele passou a vender suas pinturas para financiar o trabalho e após vários anos a escadaria tornou-se um sucesso, tornando-se um belo cartão postal da cidade. Jorge foi intitulado cidadão honorário do Rio mas infelizmente foi encontrado morto no começo desse ano (2013) na própria escadaria. Deixou um trabalho que é reconhecido pelo mundo todo e que é fruto de uma vida dedicada a beleza daqueles azulejos. 
É realmente muito bonito, quando cheguei lá já haviam vários gringos tirando muitas fotos e em variadas poses hahaha é uma subida e tanto mas que vale muito a pena, me deliciei com o lugar e com o clima. 
Logo em seguida fui visitar um dos lugares mais incríveis do Rio de Janeiro (na minha humilde opnião) A Quinta da Boa Vista. É um parque municipal que fica em São Cristovão, embarquei na estação de metro na Cinelândia e rapidinho cheguei lá. 

Gente o parque é muito bonito, como fui em um Domingo estava lotado mas pela primeira vez na história dessa viagem não era um lotado ruim, tinha muita família com suas crianças fazendo piquiniques, jovens jogando bola, fazendo skyline, tocando violão, enfim é para tirar um dia de lazer naquele lugar. 
O parque abriga também o  Jardim Zoológico do Rio de Janeiro (com o Museu da Fauna) e, no antigo paço, o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro que são muito legais. 
É só ser atento ao horário de funcionamento, como fui a tarde quase não pegava o museu aberto pois ele fecha as 16:00 mas consegui. Fiquei maravilhada com tanta coisa legal e de fácil acesso cultural para todo mundo. Vale MUITO apena a ida. 





Depois fiz uma rápida passada pelo Maracanã, não cheguei a entrar (e me arrependo por que soube que naquela tarde o John estava assistindo a um jogo do Bahia x Botafogo) e voltei pro hotel. Tive um dia muito produtivo e uma noite divertidíssima na Lapa, vambora pro dia quatro!

OBSERVAÇÃO: Todas as fotos utilizadas nesse post foram tiradas por mim e o vídeo do John abaixo também, então se forem retiradas para outro lugar por favor creditem. Elas são apenas um terço do número de fotos que fiz durante os dias, para ver mais (e lindas) eu publiquei no flickr também: Flickr me

quinta-feira, setembro 05, 2013


Há sempre aprendizado nas relações diárias. Dizem que se aprende melhor pela dor do que pelo amor e digo que vivi das duas experiências, tenho me aprofundado em leituras sobre meditação, equilíbrio e paz interior, me recordo de um trecho que li noite passada que fazia referência a eterna imensidão do "ser", que exercemos papéis em diversos momentos da nossa vida portanto existe uma grande diferença entre esses papéis e quem somos. O Autor pediu pra que eu voltasse ao passado e me imaginasse quando criança, sim, não exerço os mesmos papéis mas trago uma grande bagagem de lembranças, experiências e relações que venho acumulando durante minha existência. Há um mundo de pessoas que serviram como ponto motivador de mudanças e atitudes em mim mas gosto especialmente daquelas que me impulsionaram de uma forma boa, pelo amor, à ser melhor. Existem sim os momentos dolorosos, existem sim lágrimas tão amargas que roubam de nós a crença de que o amor é bom e necessário, mas, existem também alegrias tão profundas que modificam nossas estruturas. Tive uma colega de trabalho (e não tive muitas) que amo especialmente, antes de tudo eu a achava divertida e com o passar do tempo me peguei a admirando como mulher forte que ela é, penso que aprendo sempre que conversamos e adoro ouvir sobre os filhos dela. Tive alguém que amei sem medidas, que me entreguei e que também me fez aprender bastante sobre a vida, sobre o amor e principalmente sobre mim mesma, acredito que ao começar nosso relacionamento eu apenas era um carvão. Vocês já tiveram relacionamentos assim? somos postos a prova a todo tempo,  somos prensados, sofridos, até que quando me dei conta, era eu um diamante e o relacionamento já tinha tido o seu momento dentro da minha história, passou. Hoje compreendo a mim mesma como alguém mais tranquilo, mais fora do controle e mais centrada na felicidade que o universo me oferece, me preocupo menos com o que não está em minhas mãos e envolvo meus momentos de paz num grande abraço, aproveitando cada centelha de amor que recebo, obviamente, há uma pessoa por trás disso, aliás existem várias, mas há uma que amo especialmente, que impulsionou algo despretensioso e maravilhoso dentro de mim. Citei três relacionamentos que contribuíram ativamente na construção e desconstrução de quem sou hoje e sou eternamente grata a mim mesma por ter-los deixado acontecer. Creio que a chave para ser alguém melhor é saber abraçar todas as experiências, encarar tudo aquilo que me constrange, que me limita como ser humano, que me impulsiona, motiva, entristece... e ir além, o caminho é sempre em frente e nele pode sempre aparecer alguém para nos acompanhar.