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quarta-feira, outubro 24, 2012

Tudo imprescindivelmente escuro, o suficiente para só enxergar saudade, aquela olhadinha pro lado direito da cama e me deparar com nada, além de outro travesseiro. É apenas um quarto imerso no breu com uma pequena réstia de luar que penetra d'entre as cortinas, emanando silêncio enquanto eu desejo o estalar das nossas línguas e alguns gemidos, resultados de amor e prazer. A distância é tão traiçoeira quanto a vida, quanto a noite, que me arranca doces lembranças suas, da sua voz, de quem sou eu com você; e arranca lágrimas, um choro  puro feito nascente de rio, e aquele pensamento bobinho – “sentes minha falta também?” – um pesar profundo, de um querer maior ainda, um querer só de você. Esperando o sono chegar, visivelmente perturbada de saudade, despercebendo o passar das horas até que finalmente tudo venha a se perder num fechar de olhos, respiração pesada e sonhos sobre sorrisos teus, que se deitarão aqui, tomando seu lugar. 

Um comentário:

  1. Que cantinho gostoso de passar uma tarde inteira!!!!!
    Gostei tanto!!!!
    Beijos!!!

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