Como sempre eu era paga com uma moeda de pouco valor, parece que afinal meu tesouro seria repleto delas, uma montanha de níqueis em verde esmeralda, tudo que eu conseguia e não queria depois de doar um pedacinho do meu bobo amor. Começo agora a ponderar sobre minha forma de se perdurar sob o olhar e a estima de alguém, por que veja só, se sua intenção é me conhecer e seu interesse momentâneo em mim vira encanto, eu vou entender, mas não vou me demorar sob a sua presença, sob as suas palavras, por que quando me demoro, o meu interesse vai além de encanto, terras longínquas de dedicação e querer. Não sei dar uma passadinha e dizer: - olha, já volto tá? - Sou dessas pessoas que ficam, com o perdão da palavra não te imploro que fique também, mas poupe meu relicário de níqueis seus. Saia sem me deixar doer, sem me pagar em moedas verdes de dor, amargas.